Recentemente, foi relatado que o uso de maconha tem uma associação transversal positiva com o papilomavírus humano (HPV) – câncer de cabeça e pescoço. Dados de laboratório sugerem que a maconha pode ter um efeito imunomodulatório. Pouco se sabe, no entanto, em relação aos efeitos do uso de maconha no HPV cervical ou na neoplasia. Assim, estudamos a história natural (ou seja, prevalência, detecção de incidentes, desembaraço/persistência) do HPV cervical e da neoplasia cervical (ou seja, lesões intraepiteliais escamosas; SIL) em uma grande coorte prospectiva de 2.584 mulheres soropositivas e 915 soropositivas para HIV. O uso de maconha foi classificado como sempre/nunca, atual/não atual, e por frequência e duração do uso. Não foram observadas associações positivas entre o uso de maconha e a infecção cervical do HPV ou a SIL. Os achados foram semelhantes entre mulheres soropositivas e soropositivas do HIV e em fumantes de tabaco e não fumantes. Esses dados sugerem que o uso de maconha não aumenta a carga de infecção cervical de HPV ou SIL.
O uso de maconha não está associado à História Natural do Papilomavírus Humano Cervical ou à Neoplasia Cervical em Mulheres HIV Soropositivas ou HIV Soronegativas
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