Foram utilizados questionários durante um período de estudo de 9 anos (2002-2010) para caracterizar o uso de cannabis, estimulante e álcool entre 3099 homens infectados pelo HIV que participaram do Estudo de Coorte de Envelhecimento dos Veteranos (VACS) para determinar se o uso dessas substâncias está associado a alterações no Índice VACS, indicador prognóstico validado para a mortalidade por todas as causas. Na linha de base, 18% dos participantes relataram não uso de substância no último ano, 24% menor risco de uso de álcool apenas, 18% uso de álcool não saudável, 15% uso de cannabis (com ou sem álcool) e 24% de uso estimulante (com ou sem álcool ou cannabis). Em análises longitudinais ajustadas, o uso de cannabis [β = −0,97 (IC95% -1,93, 0,00), p = 0,048] não esteve associado ao risco de mortalidade, enquanto o uso estimulante [1,08 (0,16, 2,00), p = 0,021] esteve associado ao aumento do risco de mortalidade, em comparação com o menor risco de consumo de álcool. Nossos achados não mostram evidências de um efeito negativo do uso da cannabis no risco de mortalidade, enquanto o uso de estimulantes esteve associado ao aumento do risco de mortalidade entre homens infectados pelo HIV. Intervenções para reduzir o uso de estimulantes nessa população de pacientes podem reduzir a mortalidade.
Artigo: Association of Cannabis, Stimulant, and Alcohol use with Mortality Prognosis Among HIV-Infected Men