O objetivo desta revisão foi avaliar a eficácia das preparações de cannabis para aliviar a dor em pacientes com doenças malignas, através de uma revisão sistemática de ensaios controlados randomizados (RCTs), que foram predominantemente ensaios duplo-cegos que compararam a preparação da cannabis a um placebo. Métodos: Uma pesquisa eletrônica de toda a literatura publicada até junho de 2017 foi feita em MEDLINE/PubMed, Embase, The Cochrane Controlled Trials Register e páginas web específicas dedicadas à cannabis. Resultados: Quinze dos 18 ensaios demonstraram um efeito analgésico significativo dos canabinoides em comparação com o placebo. Os efeitos adversos mais comumente relatados foram geralmente bem tolerados, leves a moderados. Os principais efeitos colaterais foram sonolência, náusea, vômito e boca seca. Há evidências de que os canabinoides são seguros e modestamente eficazes na dor neuropática e também para aliviar a dor em pacientes com doenças malignas. A proporção de “respondentes” (pacientes que ao final de 2 semanas de tratamento relataram ≥30% de redução na intensidade da dor em uma escala de 0 a 10, considerada clinicamente importante) foi de 43% em comparação com o placebo (21%). Conclusão: A dose-alvo para aliviar a dor em pacientes com doenças malignas é provavelmente cerca de 10 atuações por dia, que é de cerca de 27 mg de tetrahidrocanabinol (THC) e 25 mg de canabidiol (CBD), e a dose recomendada mais alta aprovada é de 12 atuações por dia (32 mgs de THC/30 mg CBD). Outros grandes estudos de canabinoides em populações homogêneas são necessários.
Considerações farmacoterapêuticas para o uso de canabinoides para aliviar a dor em pacientes com doenças malignas
Categories: