Objetivos:
Apesar da ampliação da legalização e utilização da cannabis medicinal (MC) internacionalmente, faltam dados centrados no paciente sobre como o MC é usado por pessoas que vivem com condições crônicas em conjunto com ou em vez de medicamentos prescritos. Este estudo descreve abordagens para o uso de MC em relação a medicamentos prescritos no tratamento de condições crônicas selecionadas.
Projeto:
Os participantes realizaram entrevistas telefônicas semiestruturadas com perguntas abertas. A análise de conteúdo dos dados qualitativos identificou temas e subtemas relacionadas às abordagens dos pacientes ao uso de produtos MC.
Participantes:
Trinta pessoas (idade média = 44,6 anos) vivendo com uma série de doenças crônicas (por exemplo, artrite reumatoide, doença de Crohn, lesão/doença medular e câncer) que se qualificaram e usaram MC em Illinois.
Resultados:
Os participantes descreveram uma série de abordagens para o uso do MC, incluindo (1) como alternativas ao uso de medicamentos prescritos ou sem prescrição; (2) uso complementar com medicamentos prescritos; e (3) como meio de afunilar medicamentos prescritos. Os motivos relatados para reduzir ou eliminar medicamentos prescritos incluíram preocupações com toxicidade, dependência e tolerância, e percepções de que o MC melhora o gerenciamento de certos sintomas e tem ação mais rápida e efeitos mais duradouros.
Conclusões:
O MC parece servir tanto como um método complementar para o manejo dos sintomas quanto para o tratamento de efeitos colaterais medicamentosos associados a determinadas condições crônicas, quanto como método alternativo para o tratamento da dor, convulsões e inflamação nessa população. Pesquisas adicionais centradas no paciente são necessárias para identificar padrões específicos de dosagem de produtos MC associados ao alívio dos sintomas e produzir dados longitudinais que avaliam os desfechos da doença crônica com o uso de MC.