O HIV está associado a interrupções na cognição e na função cerebral. O uso de maconha é altamente prevalente no HIV, mas seus efeitos sobre a função cerebral em repouso no HIV são desconhecidos. A função cerebral pode ser caracterizada pela atividade cerebral que está correlacionada entre regiões ao longo do tempo, chamada conectividade funcional. Os distúrbios neuropsiquiátricos estão cada vez mais sendo caracterizados por interrupções nessa conectividade. Examinamos os efeitos sinérgicos do uso do HIV e da maconha na organização funcional da rede cerebral durante o estado de repouso. Nossa amostra incluiu 78 adultos que diferem sobre o estado do HIV e da maconha (19 com uso de HIV e maconha, 20 somente hiv, 17 somente maconha e 22 controles). Examinamos diferenças na organização de rede cerebral local e de longo alcance usando oito métricas teóricas de gráficos: transitividade, eficiência local, grau de módulo, modularidade, eficiência global, força, entreltidão e coeficiente de participação. A conectividade local e de longo alcance foram semelhantes entre os grupos de uso e controle do HIV e da maconha. Em contraste, os grupos somente para HIV e maconha foram associados a interrupções na organização da rede cerebral. Esses resultados sugerem que o uso de maconha no HIV pode normalizar interrupções na organização da rede cerebral observadas em pessoas com HIV. No entanto, é necessário um trabalho futuro para determinar se essa normalização é sugestiva de um efeito benéfico ou prejudicial da maconha no funcionamento cognitivo do HIV.
Artigo: Synergistic effects of HIV and marijuana use on functional brain network organization