Os medicamentos à base de canabinoides possuem mecanismos analgésicos multimodais únicos de ação, modulando diversos alvos de dor. Os canabinoides são classificados com base em sua origem em três categorias: endocanabinoides (atualmente endógenos em tecidos humanos), fitoscanabinoides (derivados de plantas) e canabinoides sintéticos (farmacêuticos). Os canabinoides exercem um efeito analgésico, peculiarmente em hiperalgesia, dor neuropática e estados inflamatórios. Os endocanabinoides são liberados sob demanda de terminais postinopticos e viajam retrógrados para estimular receptores canabinoides em terminais pré-sinápticos, inibindo a liberação de neurotransmissores excitatórios. Os canabinoides (endógenos e fitosbinaboides) produzem analgesia interagindo com receptores canabinoides tipo 1 e 2 (CB1 e CB2), bem como receptores putativos não-CB1/CB2; Receptor acoplado à proteína G 55, e receptor transitório potencial vanilloide tipo-1. Além disso, modulam múltiplos caminhos de nocicepção periférico, espinhal e supraespinhal. Canabinodes-opioides trans modulação cruzada e sinergia contribuem significativamente para a tolerância e efeitos antinociceptivos dos canabinoides. Esta revisão narrativa avalia os diversos mecanismos de ação dos canabinoides no que diz respeito à modulação da nocicepção relevante para a prática de anestesiologistas e médicos de medicina da dor.
Mecanismos de ação antinocicepção da medicina à base de canabinoides: uma visão geral para anestesiologistas e médicos da dor
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