Objetivo:
O objetivo deste estudo foi examinar se indivíduos que usaram cannabis medicinal para dor crônica estavam em risco aumentado para problemas de uso de cannabis em comparação com indivíduos que usaram cannabis medicinal por outras razões (por exemplo, ansiedade, insônia e espasmos musculares). Um objetivo adicional foi determinar se indivíduos que usaram cannabis para dor crônica, bem como aqueles que relataram maiores níveis de dor dentro do grupo, demonstraram preferência por espécies (ou seja, sativa, indica, híbridos) e até que ponto a preferência das espécies estava associada a problemas de uso da cannabis.
Método:
Os participantes eram 163 usuários de cannabis medicinal (77% do sexo masculino), recrutados de um dispensário de maconha medicinal na Califórnia, que concluíram avaliações de motivos de uso de cannabis medicinal, história, preferências (tipo de espécies) e problemas, bem como o nível atual de dor.
Resultados:
Indivíduos que usaram cannabis para controlar a dor crônica experimentaram menos problemas de uso de cannabis do que aqueles que não a usaram para dor; entre aqueles que a usaram para dor, o nível médio de dor na última semana não foi associado a problemas de uso de cannabis. Além disso, indivíduos que usaram cannabis para dor crônica foram mais propensos a usar indica sobre sativa. A preferência por indica foi associada a menos problemas de uso de cannabis do que preferência por espécies híbridas.
Conclusões:
Indivíduos que usam cannabis para gerenciar a dor crônica podem estar em menor risco para problemas de uso de cannabis, em relação a indivíduos que a usam para outras indicações, potencialmente em função de sua preferência de espécie.